sexta-feira, 17 de abril de 2015

Temporada Primavera 2015 - Primeiras Impressões pt1


A Primavera chegou ao Japão. Se para eles esta época do ano tem uma série de significados centenários (flores de cerejeira e tudo o mais), para mim significa uma coisa: uma nova safra de animes recém saídos do forno para eu assistir e analisar.
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Arslan Senki


Gêneros: Ação, Aventura.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Liden Films.
Diretor: Noriyuki Abe.

A cidade imperial de Ecbatana é o centro que liga o leste ao oeste, o lugar para onde vão as pessoas e materiais de todas as regiões, a detentora de uma magnífica e rica cultura, a capital do poderoso Reino de Pars.

Arslan é o jovem príncipe que está destinado a governar este país, a liderar o seu povo, e parte com sua honorável cavalaria para a frente da batalha, formando uma nuvem de poeira no horizonte. Enquanto isso, Lusitania, o país pobre e de ideais religiosos diferentes localizado no noroeste, também parte para a guerra a fim de conquistar novas terras e tomar para si a fartura de Pars.

Pela primeira vez nas linhas de frente, Arslan está inseguro e teme, mas seu mundo desaba de fato quando seu invencível pai, o rei Andragolas III, e suas tropas acabam sendo subjugadas pela estratégia inimiga.

Arslan e o nobre cavaleiro Darun partem então para a batalha, rumo ao cruel destino. E entre a tormenta de uma nova realidade, Arslan dá seu primeiro passo como príncipe, sempre acompanhado de seus leais companheiros.


O que promete ser um épico medieval nos moldes clássicos, este anime é baseado em um mangá, adaptado a partir de uma série de livros por ninguém menos que a grande mangaká Hiromu Arakawa, autora de Fullmetal Alchemist. Só por esse nome, já vale a pena dar uma conferida.

Nos aspectos técnicos, é um anime de qualidade. O design de personagens tem as marcas claras da mão da Arakawa, o que ao meu ver é uma qualidade, embora acabe me fazendo lembrar de FMA e Hero Tales de vez em quando. O design das locações é especialmente bom, conseguindo evocar ares árabes, mas com uma identidade própria. Só a animação é mediana, e em alguns momentos utiliza um CGI gratuito e mal feito.

Em termos de história, o primeiro episódio foi apenas de apresentações. Há uma narração inicial, mas durante o resto do episódio o cenário é apresentado de forma bastante natural, sem diálogos expositivos forçados (o que é um alívio em se tratando de animes). O mesmo vale para os personagens, introduzidos bastante espontaneamente. O enredo em si foi apenas levemente arranhado, mas parece que vai incluir a temática de choque cultural; o que, se bem trabalhado, é bem interessante.

Se o anime continuar evitando diálogos expositivos baratos, já é meio caminho andado para eu gostar.
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Triage X


Gêneros: Ação, Escolar.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Xebec.
Diretor: Takao Kato.

O Hospital Geral Mochizuki tem as mais bem preparadas (e turbinadas) enfermeiras da cidade. Embora essas moças passem a maior parte do dia lutando contra doenças, todo seu tempo fora do trabalho também é gasto dessa forma, lutando contra um tipo diferente de doença… Sob a liderança da diretoria do hospital, muitos membros da equipe médica e adolescentes da região formam um grupo de assassinos mercenários que têm como alvo aqueles que fazem mal à sociedade, as pessoas que espalham sua maldade como um câncer por entre os homens.


Decidi conferir este anime só porque o mangá de origem está sendo publicado aqui no Brasil pela Panini, e eu estou colecionando. É uma espécie de guilty pleasure meu; um mangá de ação "idiota" e com pouca profundidade, mas que o autor (Shouji Sato, ilustrador de Highschool of the Dead) recheia de mulheres, armas de fogo e motocicletas. Três coisas que eu adoro.


Quanto ao anime em si, é uma adaptação fiel, apenas levemente suavizada, do mangá. A animação é barata, os demais aspectos técnicos também não são especialmente primorosos. O anime é válido para quem gosta de ação desenfreada, salpicada de ecchi. Mas não passa disso.

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Ore Monogatari




Gêneros: Comédia, Romance, Shoujo.

Fonte: Mangá.
Estúdio: Madhouse.
Diretor: Morio Asaka.

Takeo Gouda é um cara enorme com coração igualmente gigante. Mas nenhuma garota quer saber dele (quem elas querem é seu melhor amigo, o bonitão Sunakawa). Acostumado a ser deixado de lado, Takeo simplesmente aceita seu destino. Até que, um dia, quando ele salva uma garota chamada Yamato de um desses tarados num trem, sua vida (amorosa!) toma um rumo inacreditável!


Toda temporada tem no mínimo um bom anime de romance para eu assistir até o fim, e agora parece que será esse. Me cativou desde a sinopse.

Nos aspectos técnicos, é um anime bem feito, mas que não se destaca; a única coisa que chama atenção é o design de personagem do protagonista. Já a narrativa é excelente, com a premissa básica de ter um protagonista completamente diferente dos protagonistas de romance normais. Como o primeiro episódio apresentou apenas três personagens, eles puderam receber foco total e ser muito bem introduzidos. Os três são carismáticos - até mesmo o amigo do protagonista, que é um clichê japonês de "garoto atraente que está sempre sério e dispensa as garotas". Mas é o protagonista em si, Takeo, que rouba a cena, como não poderia deixar de ser.

O anime fala essencialmente sobre preconceito e sobre uma pessoa que não se encaixa nos padrões de beleza e atração da sociedade. Além disso, conseguiu já no primeiro episódio abordar uma das questões clássicas ligadas ao machismo. Altas expectativas para Ore Monogatari.
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Kyoukai no Rinne



Gêneros: Comédia, Romance, Escolar, Shounen, Sobrenatural.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Brains Base.
Diretor: Seiki Sugawa.

Quando criança Sakura Mamiya desapareceu misteriosamente na floresta atrás da casa de sua avó. Ela volta sã e salva, mas desde então ela passa enxergar espíritos. Agora adolescente, Sakura só quer que os espíritos a deixem em paz! Na escola, o lugar ao lado do de Sakura está vazio desde o início do ano letivo. Até que, certo dia, o dono desse lugar finalmente aparece na escola, mas Rinne Rokudo é bem mais do que aparenta ser.


Confesso que não esperava nada deste anime, e só resolvi conferir porque o mangá original é de autoria da Rumiko Takahashi, autora de Ranma e Inu Yasha. Mas ele acabou sendo melhor do que eu imaginava, com um humor bastante suave e personagens carismáticos.

Não sei se continuarei assistindo, porque já assisti muitos animes parecidos, e já estou enjoado deste gênero. Mas, para quem quiser um anime leve, com ação e humor, este é um dos melhores que vi ultimamente.
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Punch Line




Gêneros: Comédia, Slice of life.

Fonte: Original.
Estúdio: Mappa.
Diretor: Yutaka Uemura.

O colegial Yuuta Iridatsu sofreu uma “projeção astral”, ou seja, teve sua alma separada de seu corpo. Ao acordar em uma mansão chamada Koraikan, ele encontra o espírito de um gato chamado Chiranosuke, que diz que ele deve encontrar o Tome Sagrado de Koraikan para voltar ao seu corpo físico. Procurando pelos corredores de Koraikan, Yuuta acaba esbarrando com as calcinhas das moradoras da mansão, fato que pode causar um grande problema ao planeta Terra.


À primeira vista, parece um anime de ação intensa bastante colorido, buscando o público carente de Kill la Kill e Tengen Toppa Gurren Lagann. Mas, na verdade, é uma comédia transbordando de ecchi, com apenas uma cena de ação (razoável) no início.

Eu tinha boas esperanças quanto a este anime, principalmente por causa da estética. E os aspectos técnicos realmente não desapontam. O (grande) problema é a narrativa. Depois de uma primeira cena interessante, o primeiro episódio derramou uma tonelada de informação diferente, tudo através da boca de um personagem-diálogo-expositivo, a técnica mais velha e barata na cartilha. E, mesmo sendo EXTREMAMENTE expositivo, não dá para entender nada.

Resumindo: uma salada de elementos mal amarrados - poderes extraídos do ecchi (cópia de Kenzen Robo Daimidaler?), fantasmas, livro místico, heroína secreta - muito mal explicados e com um ritmo ruim. Ao menos a "capa" é bonita.
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Vou encerrar este primeiro post por aqui, mas já tenho mais algumas estreias para assistir e analisar em breve.

Edit: Parte 2 aqui.

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