quarta-feira, 6 de abril de 2016

Anime: Temporada Primavera 2016 - Primeiras Impressões


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Boku no Hero Academia



Gêneros: Ação, Aventura, Comédia, Super-Heróis.

Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: 13.
Estúdio: Bones.
Diretor: Kenji Nagasaki (Gundam Build Fighters; Classroom Crisis).

Como seria o mundo se 80% da população manifestasse poderes extraordinários chamados “Quirks” aos 4 anos de idade? Heróis e vilões estariam batalhando por toda parte! Tornar-se um herói significaria aprender a usar seu poder, mas onde você iria estudar? No U.A. High’s Hero Program, é claro! Mas o que você faria se fosse um dos 20% que nasceram sem poderes?


O estudante colegial Izuku Midoriya quer se tornar um herói mais do que qualquer coisa, mas ele não tem um pingo de poder. Sem qualquer chance de entrar na U.A. High School, sua vida está parecendo cada vez mais um beco sem saída. E é aí que um encontro com All Might, o maior herói de todos, dá a ela uma chance de mudar completamente seu destino…



A proposta do anime não chega a ser original; mas é, ainda assim, interessante, e eu estava bastante animado para assistir. Não posso dizer que fiquei decepcionado, no sentido completo da palavra, mas acho que o roteiro tinha margem para muitas acertos.

A comédia visual é bem feita e até funciona, mas o roteiro e a construção do protagonista não ajudam muito. Eu explico: O protagonista tem falta de confiança. Essa é a premissa dele, e eu aceito isso. Mas, se ele fosse um pouquinho mais seguro de si, os momentos em que sua confiança é visualmente destruída teriam funcionado melhor. Como falta um parâmetro de comparação, a piada acaba ficando fraca.

Mas é um anime interessante. A mera quantidade de pessoas com poderes dos mais variados promete um exercício constante de criatividade, o que por si só já seria uma qualidade. Ainda assim, não tenho certeza se vou assistir o resto. Talvez se o hype for grande.
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Uchuu Patrol Luluco



Gêneros: Escolar, Espacial.
Fonte: Original.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Trigger.
Diretor: Hiroyuki Imaishi (Kill la Kill; Tengen Toppa Gurren Lagann).


Ogikubo é o nome da área da Via Láctea especialmente designada para os terráqueos morarem. Luluco é uma estudante que mora com seu pai, e é sempre considerada uma menina “super normal.” Enquanto vivia sua vida normal, o misterioso aluno de intercâmbio ΑΩ Nova aparece em sua frente de repente; um encontro que vai mudar sua vida para sempre.




Conseguiu superar minhas expectativas; que não eram baixas. Os visuais são simples e intensos, e combinam perfeitamente com o tipo de humor escolhido. O ritmo é perfeito, conseguindo um bom equilíbrio entre os momentos frenéticos e as pausas embaraçosas. Os personagens são caricatos; mas isso não é um problema, porque é a proposta desde o início. E a curta duração de cada episódio (cerca de oito minutos) te impede de ficar saturado.

Hiroyuki Imaishi conseguiu mais uma vez se provar um grande diretor. Podem correr pra assistir.
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Mayoiga



Gênero: Mistério.
Fonte: Original.
Quantidade de episódios: 12.
Estúdio: Diomedea.
Diretor: Tsutomu Mizushima (Another; Prison School).


30 jovens homens e mulheres que se encontraram em um suspeito tour. O destino desse tour: um ilusório, provavelmente não-existente vilarejo chamado Nanakimura. Em Nanakimura, é possível levar uma vida utópica, sem os obstáculos do mundo… ou era o que diziam os rumores, como uma lenda urbana.

“Sem esperança para com o mundo real… desejando escapar da entediante rotina diária… querendo recomeçar a vida do início…”


O ônibus foi em direção às montanhas, carregando 30 pessoas, cada uma com expectativas e feridas em seus corações…

Então, o lugar onde estes 30 chegaram era uma vila deserta que, embora caindo aos pedaços, ainda preservada um leve, porém persistente, aroma de vida.

Qual é a verdade de Nanakimura frente aos 30? Você não pode perder nenhum episódio!



O anime começa mal. Muito mal. Começa com muito diálogo expositivo, seguido por uns quatro minutos de MAIS DE VINTE personagens se apresentando um por um, sem contexto, de uma maneira insuportável. Eu deveria me lembrar de cada um deles? Impossível. Ou será que eu não preciso me lembrar, porque eles serão melhor apresentados novamente junto com a trama? Se é o caso, pra que perder meu tempo? Não ajuda o fato de pelo menos metade deles serem clichês completos, e dos mais mal-feitos.

Daí pra frente, melhora bastante. A trama, ao menos nesse início, se desenvolve ao redor das interações entre os personagens, com um ritmo lento e agradável. O clima também é bem balanceado: não pesa demais a mão no mistério, como é comum em animes do gênero, e se permite momentos de descontração.

Em suma: eu comecei a assistir o primeiro episódio com vontade de desligar ali mesmo, e terminei com vontade de saber o que vai acontecer a seguir. Ainda assim, não tenho certeza se levo adiante.
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Kuma Miko



Gênero: Comédia.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Kinema Citrus.
Diretor: Kiyoshi Matsuda (estreante).


É a história de Machi, uma estudante do ensino médio que presta serviço como sacerdotiza em um santuário xintoísta e cuida de um urso que vive na montanha na região de Tohoku, norte do Japão. O urso, Natsu, tem a capacidade de falar e é o tutor de Machi. Quando a garota explica que vai frequentar uma escola na cidade grande, ele dá para Machi um conjunto de tarefas que ela deve passar para ser capaz de sobreviver à vida da cidade.



Ainda estou rindo enquanto escrevo essa resenha. Pela sinopse, eu não esperava muito deste anime. Para falar a verdade, só coloquei ele na minha lista para enchê-la um pouco, e já estava preparado para algo morno e sem sal. Eu não poderia estar mais enganado.

Para começar, a protagonista e o urso têm bastante química, e os diálogos entre eles fluem bem e são engraçados. Além disso, o anime faz tentativas de humor visual que, se não são geniais, ao menos funcionam muito bem.

Mas o que realmente me pegou foi o tipo de comédia que dominou a segunda metade do primeiro episódio. Não vou explicar para não perder a graça; mas, se eles mantiverem o nível, pode apostar que eu vou continuar assistindo.
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Joker Game



Gêneros: Histórico; Militar.
Fonte: Light Novel.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Production IG
Diretor: Kazuya Nomura (Ghost in the Shell (2015); Robotics Notes).


Passando-se no ano de 1937, na véspera da II Guerra Mundial, a história envolve uma misteriosa organização de formação de espiões conhecida como a “Agência D”. A organização foi estabelecida por Yuuki, tenente-coronel do Exército Imperial Japonês. Seus ideais o levam a recrutar pessoas fora do mundo militar, treinando-as para se tornarem agentes especializados nas artes da manipulação. Um desses agentes, sob o nome de Jirou Gamou, vai em uma missão angustiante para descobrir documentos secretos intitulados “notas pretas”, enquanto luta contra as forças de dentro e em suas próprias fileiras.



Um anime sério, que promete uma trama complexa e cheia de reviravoltas. Pertence àquela mesma categoria que foi imensamente popularizada com o sucesso de Death Note - mas eu me arrisco a dizer que Joker Game é (ou ao menos tenta ser) mais sério e mais adulto.

Esse anime promete muito, e só o tempo dirá se ele vai conseguir alcançar. Mas ao menos o primeiro episódio foi bem promissor. Os visuais e animação sóbrios e contidos combinam perfeitamente com a trama, assim como o ritmo calmo. O enredo do primeiro episódio foi  ideal, com uma reviravolta vinda de surpresa, mas ainda assim condizente com o que foi estabelecido antes. Com certeza vou continuar assistindo.
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Bungou Stray Dogs



Gêneros: Mistério; Sobrenatural.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: 12.
Estúdio: Bones.
Diretor: Takuya Igarashi (Ashita no Nadja; Soul Eater).


Nakajima Atsushi foi expulso de seu orfanato e agora não tem nenhum lugar para ir ou alimentos para comer. Enquanto à beira da inanição, resgata um homem que tentava se suicidar no rio. Esse homem era Dazai Osamu. Ele e seu parceiro Kunikida são membros de uma agência de detetives muito especial. Eles têm poderes sobrenaturais e lida com casos que são muito perigosas para a polícia. Eles estão rastreando um tigre que tem aparecido na área recentemente. O tigre parece ter uma conexão com Atsushi, e no momento em que o caso for resolvido, está óbvio que o futuro de Atsushi envolverá muito mais de Dazai e o resto dos detetives!



Confesso que achei a proposta da série e a trama do primeiro episódio interessantes. Poderia ser um bom anime, se fosse bem executado. Mas não foi.

A falta de competência nos quesitos técnicos é gritante. O som é horrível, com efeitos sonoros altíssimos e músicas de fundo que tiram toda a atenção dos diálogos. As ações, reações e falas dos personagens até estão na direção certa, mas são absurdamente exageradas. E o ritmo é terrível; o primeiro episódio se arrasta tediosamente durante a maior parte de sua duração, tem uma cena de luta até que bem ritmada e então se arrasta novamente no final.

Como muitos animes, esse até poderia ser bom. Mas não é. Não pretendo seguir adiante.
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Sakamoto desu ga?


Gêneros: Comédia; Escolar.
Fonte: Mangá.
Quantidade de episódios: ?
Estúdio: Studio Deen.
Diretor: Shinji Takamatsu (School Rumble).

O novato Sakamoto não é apenas legal, ele é o mais legal de todos! Quase que imediatamente após começar as aulas nesta escola, ele começa a atrair a atenção de todos. As garotas o amam e quase todos os garotos o respeitam. Tem até mesmo um garoto que é modelo, mas perde as luzes do palco para Sakamoto. Não importa quais os truques os outros garotos usem contra ele, Sakamoto sempre consegue os enganar com facilidade e estilo. Mas mesmo sendo tão legal e tudo mais, ele ainda ajuda a quem lhe pede, como no caso do garoto de sua classe que é atormentado frequentemente por bullies. Não importa as dificuldades que Sakamoto enfrente, ele passa por sua vida colegial com muita confiança e estilo!


Gostei de cara da proposta deste anime, e ele foi executado à altura. Se a arte e a animação não se destacam, ao menos elas funcionam na medida. A música, por outro lado, é perfeita - com muito jazz e até bossa nova ajudando ativamente a compor a cena (ao contrário de muitos animes, onde a música é apenas um "fundo").

Cada episódio é dividido em duas histórias menores e independentes, o que dá um ritmo bom pra comédia e evita que ela fique "esticada". Eu diria que o anime é tão cool quanto o próprio protagonista.
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Flying Witch


Gêneros: ComédiaSlice of LifeSobrenatural.
Fonte: Mangá.
Quantidade de Episódios: 12.
Estúdio: J.C. Staff.
Diretor: Katsushi Sakurabi (Kamisama no MemuchouShingetsutan Tsukihime).

Em uma terra abençoada pela natureza, coisas bizarras começam a acontecer. Makoto Kowata, 15, é uma bruxa profissional. Ela sai de Yokohama com Chito, seu gato preto, para viver em na casa de seus parentes em Aomori. É ali que ela vai começar seu treinamento como bruxa.
Apesar dos poderes de Makoto ainda se limitarem a apenas voar pelos céus, ela e seus primos de segundo grau Kei e Chinatsu sem aproveitam ao máximo cada dia.


Bonitinho e cativante, com boa arte, bons designs de personagens e alguns momentos engraçados. Mas, assim como qualquer slice of life, possui um ritmo lento e um clima blasé que incomodam a maioria dos espectadores comuns. Não é um defeito - é mais uma característica do gênero - mas vale a pena avisar.

Não sou um grande fã de animes slice of life, e não sei se este agradaria um fã do gênero, mas eu gostei mais do que o de costume.

sábado, 4 de julho de 2015

Profissão AVENTURA - Piloto


Para entender do que se trata e ler a sinopse, clique aqui.
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Esteban se afastou dos outros meninos pisando firme, apesar de seus pés afundarem e derraparem no terreno lamacento. Estava irritado. Furioso, para falar a verdade. Primeiro, eles haviam tentado deixá-lo para trás naquela caminhada até o brejo. Agora, zombavam abertamente dele. Disseram que ele não conseguiria pegar sequer um sapo, nem se o bicho dançasse sobre a cabeça dele. E a única resposta que ele conseguiu dar foi um desajeitado “sapos não dançam”.

Mas ele mostraria àqueles invejosos. Ia fazer o que nenhum deles tivera coragem de fazer: desobedecer aos adultos, se afastar da margem e ir até o meio do brejo. Com certeza havia muito mais sapos lá. Centenas deles, pulando para cima e para baixo. Ia voltar com um saco transbordando de sapos, e esfregar na cara dos outros. Eles iam ter que engolir suas palavras.

Com a cabeça quente demais para efetivamente procurar por qualquer coisa, Esteban decidiu simplesmente continuar andando por alguns minutos, que logo se transformaram em meia hora. Ou uma hora inteira. Estava ensaiando pela décima vez o que falaria frente os rostos de admiração dos outros quando se deu conta que estava pisando em terreno seco. Mas não parecia ser o final do brejo, apenas um pedaço mais elevado, como uma ilha. Havia uma árvore crescendo ali, e algumas rochas grandes. Seria o local perfeito de onde partir para procurar os sapos ao redor.

Explorando sua nova base secreta particular, Esteban encontrou uma grande fenda no chão, e foi imediatamente atraído por ela. Não saberia explicar o porquê, mas aquela fenda varreu todos os pensamentos sobre os sapos ou os outros garotos de sua cabeça. Deitou-se de barriga no chão, tentando espiar lá dentro, mas não era possível ver muita coisa no meio das sombras. Perdeu noção de quanto tempo passou ali, preso entre a vontade e o medo de descer.

Até que outra coisa decidiu por ele. A terra sob seu corpo se soltou, e ele se sentiu escorregar para dentro do buraco. No momento seguinte, estava estatelado de costas lá no fundo. Todo o ar foi expelido de seus pulmões e sua cabeça atingiu o chão, fazendo-o enxergar luzes e borrões coloridos na frente dos olhos. Tentou gritar, mas só conseguiu emitir um gemido baixo.

Apavorado, Esteban escutou um zumbido agudo ecoando à sua direita. Virando a cabeça com toda a dificuldade do mundo, viu um túnel escavado artificialmente a partir do fundo daquela fenda natural. Não sabia se era uma peça pregada por sua cabeça – que doía como se houvesse sido acertada por uma martelada – mas pensou ter visto uma sombra se movendo no final daquele túnel.

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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Profissão Aventura - Sinopse



Profissão AVENTURA é um projeto de escrita que já habita minha mente e minhas ideias há um bom tempo, mas que venho adiando consecutivas vezes, tanto por preguiça quanto por medo de fazer um mau trabalho. A ideia é simples: contos de fantasia sequenciados, nos quais um grupo de aventureiros viaja livremente, enfrentando perigos e desafios de origem mágica ou sobrenatural. Tudo ao melhor sabor dos RPGs clássicos.

Para acrescentar novos temperos a este sabor familiar, resolvi deixar a Fantasia Medieval (palco da maioria das histórias do tipo) para trás e trazer as narrativas para nosso próprio continente, situando as aventuras em uma versão fictícia e fantástica do Novo Mundo durante a Era das Grandes Navegações.

Sem mais delongas (porque, afinal, já delonguei até demais), segue abaixo um prólogo, com a apresentação do cenário.
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Houve um tempo em que as terras selvagens eram vastas e perigosas, infestadas por toda a sorte de monstros e demônios. Um tempo em que viajar de uma cidade à outra era um grande perigo, e em que vilas inteiras podiam ser subitamente acometidas por pragas e maldições.

Naquela época, uma ocupação nada ortodoxa floresceu: a de aventureiros. Bandos de desesperados, desajustados e inconsequentes de modo geral, que formavam pequenos grupos para viajar livremente pelos reinos, enfrentando perigos indescritíveis em troca de fortuna e renome. Um estilo de vida como nenhum outro; desprezado pela nobreza e pelo clero, porém idolatrado pelo povo. E necessário.

Isto é, até os reis começarem a unificar sua autoridade, crescer em poder e se tornar capazes de garantir a segurança dentro de suas fronteiras. Os problemáticos aventureiros foram substituídos por tropas bem treinadas e disciplinadas de guerreiros, magos e clérigos, que praticamente extinguiram os monstros. A profissão de aventureiro foi oficialmente proibida em um reino após o outro, e chegou à beira da extinção. Até ser salva por uma reviravolta do destino.

Navegantes e exploradores a serviço do Império Luso encontraram, quase que por acidente, um Novo Mundo; novas terras a oeste do oceano, com flora e fauna exóticas, além de povos humanos igualmente desconhecidas. Logo milhares de colonos cruzaram os mares para explorar e cultivar estas novas terras, estabelecendo fazendas, vilas e cidades. Como o continente ainda não fora oficialmente batizado, os colonos o chamavam simplesmente de nova terra, até que as palavras foram se embolando com o uso e deram origem ao nome Nov'erra.

A primeira coisa que os colonos perceberam foi a dificuldade em estabelecer contato com as populações locais, com suas línguas e costumes próprios. A segunda foi que Noverra era ainda mais assolada por monstros e pelo sobrenatural do que os velhos reinos jamais foram. Parecia um mundo jovem, recém-emerso das águas, onde tudo era cheio de vida e a magia estava em toda parte.

Em um lugar onde os reis ainda não possuíam poder o suficiente para garantir a segurança de seus súditos, a ocupação de aventureiros independentes renasceu, em todo o seu esplendor. Lá, eles eram heróis mais uma vez. Em Noverra, teve início uma nova era de ouro para a aventura.


Capítulo 1 - Piloto

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Temporada Primavera 2015 - Primeiras Impressões pt2


Continuação deste post.
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Hibike! Euphonium


Gêneros: Musical, Escolar, Slice of Life.
Fonte: Light Novel.
Estúdio: Kyoto Animation.
Diretor: Tatsuya Ashihara.

Tudo começa quando Kumiko Oumae, uma garota que fazia parte da banda de metais de sua escola anterior, visita o clube de metais da escola nova como aluna do primeiro ano do ensino médio. Hazuki e Sapphire, colegas de classe de Kumiko, decidem entrar nesse clube, mas ao ver Reina lá, Kumiko hesita. Ela se lembra de um incidente que teve com Reina no concurso de bandas na escola anterior…


Um anime simples, bonito e singelo. A arte e animação são bem feitas e a trilha sonora é muito boa - como é de se esperar em um anime sobre música. Algumas das personagens que foram introduzidas são ligeiramente exageradas e cartunescas em suas reações, mas a protagonista em si é bastante crível e carismática. Em especial, o que me causou uma impressão positiva do anime foi o ritmo calmo e bem cadenciado.

Não é um anime para todos (imagino que algumas pessoas achariam chato ou desinteressante), mas certamente é bem executado.
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Dungeon ni Deai o Motomeru no wa Machigatteiru Darou ka?


Gêneros: Ação, Aventura, Comédia, Fantasia, Romance.
Fonte: Light Novel.
Estúdio: J.C. Staff.
Diretor: Yoshiki Yamakawa.

A história se passa na cidade de labirintos Orario, também conhecida como “Dungeon”. Bell Cranel é um aventureiro novato que sonha em ter “um fatídico encontro com uma pessoa do sexo oposto”. Um dia, durante uma missão, ele é atacado por um minotauro! Prestes a morrer, ele é salvo por uma aventureira de classe superior chamada Aizu Wallenstein. Cranel se apaixona por ela no mesmo instante e parte para uma jornada a fim de se tornar um aventureiro do mesmo nível dela. Ele então conhece Hestia, uma divindade conhecida como “Deusa Lolita” por causa de sua baixa estatura e que, fatidicamente, se apaixona por Cranel.


Um anime bonito, que me lembrou bastante meu querido jogo RagnaröK, tanto em design de personagens quanto na construção do mundo de fantasia. Eu realmente queria gostar, mas a narrativa me deu dor no pâncreas. É muito clichê empilhado: o protagonista é um panaca que quer ficar mais forte para conquistar uma garota, e todos os outros personagens introduzidos são garotas que correspondem aos diferentes estereótipos do gênero harém. A pior é justamente a que mais aparece, uma lolita insuportavelmente irritante.

Além da falta de originalidade e dos clichês, a narrativa em si é mal executada. Em um momento importante do episódio, um personagem cria um diálogo completamente inverossímil e sem sentido, só porque o roteiro precisa fabricar de alguma maneira uma emoção no protagonista.

O anime é simpático, mas vacila. Não consegui  gostar.
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Plastic Memories


Gêneros: Ficção Científica.
Fonte: Original.
Estúdio: Dogo Kobo.
Diretor: Yoshiwaki Fujiwara.

Esta história se passa em um futuro não muito distante de agora, quando androides com perfeita aparência humana começam a se espalhar pela face da Terra. A fabricante de androides AS Corp. faz Giftia, um novo tipo de androide totalmente inovador e superior aos antigos e que possui uma quantidade maior de emoções e qualidades semelhantes às humanas. No entanto, esses novos androides têm uma vida útil e uma vez que esta acabe, eles ficam… um tanto quanto ruins. Por esta razão a SA Corp criou também um serviço terminar para recuperar os androides de modelo Giftia com a vida útil já esgotada. É quando um novo funcionário, Tsukasa Mizugaki, forma uma equipe encarregada de recuperar esses androides, mas…


A premissa de ficção científica é muito interessante, mas podia ter sido um pouco melhor executada. Os personagens são clichê e cartunescos, e seu design é ridiculamente exagerado. Apesar de ter seus momentos engraçados, a temática teria funcionado bem melhor com um clima mais sério.

Mas a premissa é realmente boa. E, no final do primeiro episódio, eles provam que podem tratar o assunto com a dramaticidade que ele merece. Então talvez valha a pena assistir, apesar dos pesares.
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Kekkai Sensen


Gêneros: Ação, Aventura, Fantasia, Sobrenatural, Vampirismo.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Bones.
Diretor: Rie Matsumoto.

Uma ruptura entre Terra e Submundo foi aberta sobre a cidade de Nova York, prendendo os habitantes da cidade e também as criaturas de outras dimensões em uma bolha impenetrável. Eles vivem juntos por anos, em um mundo de crimes e loucura. Mas agora alguém ameaça romper essa bolha um grupo de super-humanos cheio de estilo e força vai trabalhar duro para que isso não aconteça.


Os aspectos técnicos são muito bem feitos - especialmente a trilha sonora, mas animação e design de cenário não ficam atrás. O problema é o resto. Os personagens mal foram introduzidos e as regras da trama são confusas e não foram explicadas. A impressão final é de um anime genérico, com personagens genéricos usando poderes com nomes genéricos.
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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Temporada Primavera 2015 - Primeiras Impressões pt1


A Primavera chegou ao Japão. Se para eles esta época do ano tem uma série de significados centenários (flores de cerejeira e tudo o mais), para mim significa uma coisa: uma nova safra de animes recém saídos do forno para eu assistir e analisar.
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Arslan Senki


Gêneros: Ação, Aventura.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Liden Films.
Diretor: Noriyuki Abe.

A cidade imperial de Ecbatana é o centro que liga o leste ao oeste, o lugar para onde vão as pessoas e materiais de todas as regiões, a detentora de uma magnífica e rica cultura, a capital do poderoso Reino de Pars.

Arslan é o jovem príncipe que está destinado a governar este país, a liderar o seu povo, e parte com sua honorável cavalaria para a frente da batalha, formando uma nuvem de poeira no horizonte. Enquanto isso, Lusitania, o país pobre e de ideais religiosos diferentes localizado no noroeste, também parte para a guerra a fim de conquistar novas terras e tomar para si a fartura de Pars.

Pela primeira vez nas linhas de frente, Arslan está inseguro e teme, mas seu mundo desaba de fato quando seu invencível pai, o rei Andragolas III, e suas tropas acabam sendo subjugadas pela estratégia inimiga.

Arslan e o nobre cavaleiro Darun partem então para a batalha, rumo ao cruel destino. E entre a tormenta de uma nova realidade, Arslan dá seu primeiro passo como príncipe, sempre acompanhado de seus leais companheiros.


O que promete ser um épico medieval nos moldes clássicos, este anime é baseado em um mangá, adaptado a partir de uma série de livros por ninguém menos que a grande mangaká Hiromu Arakawa, autora de Fullmetal Alchemist. Só por esse nome, já vale a pena dar uma conferida.

Nos aspectos técnicos, é um anime de qualidade. O design de personagens tem as marcas claras da mão da Arakawa, o que ao meu ver é uma qualidade, embora acabe me fazendo lembrar de FMA e Hero Tales de vez em quando. O design das locações é especialmente bom, conseguindo evocar ares árabes, mas com uma identidade própria. Só a animação é mediana, e em alguns momentos utiliza um CGI gratuito e mal feito.

Em termos de história, o primeiro episódio foi apenas de apresentações. Há uma narração inicial, mas durante o resto do episódio o cenário é apresentado de forma bastante natural, sem diálogos expositivos forçados (o que é um alívio em se tratando de animes). O mesmo vale para os personagens, introduzidos bastante espontaneamente. O enredo em si foi apenas levemente arranhado, mas parece que vai incluir a temática de choque cultural; o que, se bem trabalhado, é bem interessante.

Se o anime continuar evitando diálogos expositivos baratos, já é meio caminho andado para eu gostar.
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Triage X


Gêneros: Ação, Escolar.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Xebec.
Diretor: Takao Kato.

O Hospital Geral Mochizuki tem as mais bem preparadas (e turbinadas) enfermeiras da cidade. Embora essas moças passem a maior parte do dia lutando contra doenças, todo seu tempo fora do trabalho também é gasto dessa forma, lutando contra um tipo diferente de doença… Sob a liderança da diretoria do hospital, muitos membros da equipe médica e adolescentes da região formam um grupo de assassinos mercenários que têm como alvo aqueles que fazem mal à sociedade, as pessoas que espalham sua maldade como um câncer por entre os homens.


Decidi conferir este anime só porque o mangá de origem está sendo publicado aqui no Brasil pela Panini, e eu estou colecionando. É uma espécie de guilty pleasure meu; um mangá de ação "idiota" e com pouca profundidade, mas que o autor (Shouji Sato, ilustrador de Highschool of the Dead) recheia de mulheres, armas de fogo e motocicletas. Três coisas que eu adoro.


Quanto ao anime em si, é uma adaptação fiel, apenas levemente suavizada, do mangá. A animação é barata, os demais aspectos técnicos também não são especialmente primorosos. O anime é válido para quem gosta de ação desenfreada, salpicada de ecchi. Mas não passa disso.

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Ore Monogatari




Gêneros: Comédia, Romance, Shoujo.

Fonte: Mangá.
Estúdio: Madhouse.
Diretor: Morio Asaka.

Takeo Gouda é um cara enorme com coração igualmente gigante. Mas nenhuma garota quer saber dele (quem elas querem é seu melhor amigo, o bonitão Sunakawa). Acostumado a ser deixado de lado, Takeo simplesmente aceita seu destino. Até que, um dia, quando ele salva uma garota chamada Yamato de um desses tarados num trem, sua vida (amorosa!) toma um rumo inacreditável!


Toda temporada tem no mínimo um bom anime de romance para eu assistir até o fim, e agora parece que será esse. Me cativou desde a sinopse.

Nos aspectos técnicos, é um anime bem feito, mas que não se destaca; a única coisa que chama atenção é o design de personagem do protagonista. Já a narrativa é excelente, com a premissa básica de ter um protagonista completamente diferente dos protagonistas de romance normais. Como o primeiro episódio apresentou apenas três personagens, eles puderam receber foco total e ser muito bem introduzidos. Os três são carismáticos - até mesmo o amigo do protagonista, que é um clichê japonês de "garoto atraente que está sempre sério e dispensa as garotas". Mas é o protagonista em si, Takeo, que rouba a cena, como não poderia deixar de ser.

O anime fala essencialmente sobre preconceito e sobre uma pessoa que não se encaixa nos padrões de beleza e atração da sociedade. Além disso, conseguiu já no primeiro episódio abordar uma das questões clássicas ligadas ao machismo. Altas expectativas para Ore Monogatari.
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Kyoukai no Rinne



Gêneros: Comédia, Romance, Escolar, Shounen, Sobrenatural.
Fonte: Mangá.
Estúdio: Brains Base.
Diretor: Seiki Sugawa.

Quando criança Sakura Mamiya desapareceu misteriosamente na floresta atrás da casa de sua avó. Ela volta sã e salva, mas desde então ela passa enxergar espíritos. Agora adolescente, Sakura só quer que os espíritos a deixem em paz! Na escola, o lugar ao lado do de Sakura está vazio desde o início do ano letivo. Até que, certo dia, o dono desse lugar finalmente aparece na escola, mas Rinne Rokudo é bem mais do que aparenta ser.


Confesso que não esperava nada deste anime, e só resolvi conferir porque o mangá original é de autoria da Rumiko Takahashi, autora de Ranma e Inu Yasha. Mas ele acabou sendo melhor do que eu imaginava, com um humor bastante suave e personagens carismáticos.

Não sei se continuarei assistindo, porque já assisti muitos animes parecidos, e já estou enjoado deste gênero. Mas, para quem quiser um anime leve, com ação e humor, este é um dos melhores que vi ultimamente.
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Punch Line




Gêneros: Comédia, Slice of life.

Fonte: Original.
Estúdio: Mappa.
Diretor: Yutaka Uemura.

O colegial Yuuta Iridatsu sofreu uma “projeção astral”, ou seja, teve sua alma separada de seu corpo. Ao acordar em uma mansão chamada Koraikan, ele encontra o espírito de um gato chamado Chiranosuke, que diz que ele deve encontrar o Tome Sagrado de Koraikan para voltar ao seu corpo físico. Procurando pelos corredores de Koraikan, Yuuta acaba esbarrando com as calcinhas das moradoras da mansão, fato que pode causar um grande problema ao planeta Terra.


À primeira vista, parece um anime de ação intensa bastante colorido, buscando o público carente de Kill la Kill e Tengen Toppa Gurren Lagann. Mas, na verdade, é uma comédia transbordando de ecchi, com apenas uma cena de ação (razoável) no início.

Eu tinha boas esperanças quanto a este anime, principalmente por causa da estética. E os aspectos técnicos realmente não desapontam. O (grande) problema é a narrativa. Depois de uma primeira cena interessante, o primeiro episódio derramou uma tonelada de informação diferente, tudo através da boca de um personagem-diálogo-expositivo, a técnica mais velha e barata na cartilha. E, mesmo sendo EXTREMAMENTE expositivo, não dá para entender nada.

Resumindo: uma salada de elementos mal amarrados - poderes extraídos do ecchi (cópia de Kenzen Robo Daimidaler?), fantasmas, livro místico, heroína secreta - muito mal explicados e com um ritmo ruim. Ao menos a "capa" é bonita.
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Vou encerrar este primeiro post por aqui, mas já tenho mais algumas estreias para assistir e analisar em breve.

Edit: Parte 2 aqui.